DE DENTRO PARA FORA Fatalmente, chegou o dia em que eu compreendi que não poderia estar vivendo de sonhos. Teria que me entregar novamente à vida cotidiana. À realidade, acima de tudo. Desgarrara-me por uns tempos, desta vida embora sabendo que provisoriamente. Agora sofria.swiss replica watches Que ideal me faria deixá-la, a não ser aquele ideal a que ninguém se adapta, mas, a que todos se submetem e dos outros exigem também submissão? Me faltava o espaço vital da vida média para o qual fui moldado antes mesmo de ser concebido. Então, que resta se não ser um homem normal? Deveria agir presto como tal: deveria ser casado. Pai de familia e abdicar de alguns direitos ao modo de vida usado até a data. De preferência, devia ter filhos, sendo o último por displicência, o segundo para fazer companhia ao primeiro, que por sua vez seria concebido por curiosidade e por obrigação, nem sempre orgânica. Deveria sair de casa algumas noites para procurar a mulher adequada para o acasalamento. Depois daí, deveria também sair de casa quando brigasse com a mulher, traí-la sexualmente e, depois, negar que o tenha feito. Encontrar-me com amigos frequentemente. Deveria me integrar, mas isto me parecia entregar meus restos de mim. Que fazer? Copyright © by Joyce Cavalccante CLIQUE PARA ENCOMENDAR [ CELEIRO DE IDÉIAS ] [ ANTOLOGIAS ] [ DE DENTRO PARA FORA ] [ O CÃO CHUPANDO MANGA ] [ O DISCURSO DA MULHER ABSURDA ] [ INIMIGAS ÍNTIMAS ] [ COSTELA DE EVA ] [ RETALHOS MÍSTICOS] [ REBRA ] [ LIVRE & OBJETO ] [ INGLÊS ] [ FRANCÊS ] [ITALIANO ] [ESPANHOL ] [E-BOOKS ] [ ESCREVER ] [ ENCOMENDAR ] |